Doença Diverticular dos Cólons e Diverticulite Aguda

Embora a diverticulose dos cólons seja bastante comum e afete até 10% dos adultos de meia idade; e 50% a 80% dos adultos com idade superior a 80 anos, poucas pessoas estão cientes de que podem ter a doença. A maioria dos divertículos colônicos é adquirida, acometendo de forma similar homens e mulheres, e sua incidência aumentando com idade avançada.

Sintomas

A doença diverticular dos cólons é normalmente assintomática. Ocorre comumente na população de regiões industrializadas ou ocidentais, onde se associa à dieta com baixo teor de fibras. A diverticulose constitui-se na presença de divertículos assintomáticos no cólon. As manifestações associadas aos divertículos constituem a doença diverticular dos cólons.

Os divertículos colônicos referem-se às herniações da mucosa e da submucosa colônica através da camada muscular do cólon.

Manifestações clínicas

A maioria dos casos de divertículos colônicos é assintomática. A eliminação de sangue vermelho-vivo pelo reto, entretanto, é considerada um sinal da doença diverticular dos cólons, sendo em aproximadamente 5% dos pacientes de forma maciça. O sangramento diverticular, entretanto, é incomum na diverticulite aguda.

A diverticulite aguda é caracterizada por manifestações clínicas variadas na dependência da extensão e localização do processo diverticular. É comum paciente apresentar-se com dor no quadrante inferior esquerdo do abdome, febre baixa, alterações na movimentação intestinal, anorexia, entre outros.

Causas

As causas exatas da diverticulose permanecem desconhecidas. A baixa ingestão de fibras leva à produção de fezes volumosas e com baixo teor de água, o que pode alterar o trânsito intestinal e contribuir para aumentar a pressão intracolônica, levando à formação dos divertículos.

Várias complicações podem advir da doença diverticular. Destacam-se a diverticulite aguda (inflamação e infecção de divertículos colônicos), que ocorre em 10% a 25% das pessoas acometidas pela doença diverticluar dos cólons, e a hemorragia digestiva baixa. A diverticulite pode evoluir com formação de abscesso, fístula, perfuração com peritonite e estenose com obstrução colônica.

Diagnóstico

A diverticulose é diagnosticada por muitas vezes de forma acidental, durante um quadro de dor abdominal aguda, por tomografia. No entanto, o exame de melhor identificação e diagnóstico é a colonoscopia. Já durante a crise de diverticulite aguda, a tomografia se faz necessária e indicada principalmente para prognóstico e conduta perante o quadro.

Tratamento

Por muitos anos foi indicado o tratamento cirúrgico a partir da segunda crise de diverticulite aguda, porém, hoje o tratamento é cada vez mais conservador e analisado caso a caso, partindo dos sintomas apresentados, tempo entre as crises e condições clínicas do paciente.