Refluxo

(Doença do Refluxo Gastroesofágico – DRGE)

A Doença do Refluxo Gastroesofágico é caracterizada pelo contato do ácido produzido dentro do estômago com o interior do esôfago. A maioria das pessoas pode apresentar um pouco deste refluxo, chamado fisiológico, principalmente quando faz ingestão de grande quantidade de alimentos, deita logo após as refeições ou ingere certos tipos de alimentos. Entretanto, estes episódios são esporádicos. Já nos pacientes com refluxo patológico, os sintomas decorrentes do retorno do ácido para o esôfago são intensos e freqüentes.

Causas

A principal causa da Doença do Refluxo Gastroesofágico é a presença de hérnia de hiato. Ela ocorre quando a transição do esôfago para o estômago, que deveria estar dentro do abdome, “sobe” através do hiato esofageano e se instala no tórax.

Sintomas

Cerca de 5% das pessoas apresentam sintomas diários da doença do refluxo, enquanto outros 15% apresentam sintomas freqüentes. Os principais sintomas são a queimação no esôfago (azia, pirose ou esofagite) e dificuldade para engolir alimentos.

Também é comum os pacientes apresentarem gosto amargo na boca. Estes são conhecidos como sintomas “típicos” do refluxo.  Além deles, algumas pessoas também podem apresentar queimadura/irritação na garganta, tosse crônica, rouquidão e sensação de engasgo noturno. São os chamados sintomas “atípicos”.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado nos sintomas do paciente, mas deve ser confirmado com a realização de exames complementares. A endoscopia digestiva alta é o exame de investigação inicial. Nela é freqüente encontrarmos a presença de hérnia de hiato e esofagite de refluxo (queimação do esôfago causada pelo refluxo de ácido).

No entanto, atualmente outros exames são utilizados para o diagnóstico preciso do refluxo. A manometria esofágica mede a pressão dentro do esôfago, normalmente detecta a hipotonia ou fraqueza do esfíncter inferior do esôfago.

Outro exame importante é a pH metria de 24 horas. Apesar de ser um exame um tanto desconfortável de ser realizado, pois o paciente permanece com uma pequena sonda dentro do esôfago por 24 horas, é fundamental porque permite a divisão entre refluxo fisiológico (normal) e o refluxo excessivo, ou seja, patológico.

Tratamento

O tratamento pode ser dividido em medidas comportamentais, utilização de medicamentos e cirurgia.